sexta-feira, março 28, 2008

Paris

Mergulhei em ti

Que grande insensibilidade a tua, coração que não és coração, que és estranha coincidencia nos meus sonhos de mel!
Que atrevimento o teu, esponja pegajosa que no meu mundo és vida e semente colorida no meu interior de suspeitas magias!
Que coragem a tua que sai de um corpo de plasticina e que corrompe a minha certeza de menina crescida.
A tua certeza incerta não passa de uma passagem nos teus momentos de conhecimento da tua juventude falada e estranhamente dependente de um corpo cheio de vontades.

Beijo-te nos meus tempos de pausa intemporal, em que enlouqueço, sem mexer uma molécula irrequieta proveniente da minha sabedoria adquirida.
Toco-te com as minhas mãos imaginárias num minuto de pura loucura, e numa brisa que passou sussurei-te...

Quero-te!

Que doce são os teus firmes dizeres numa vontade desconhecida em que me derreto sem saber.
Que riso é esse o teu e o meu que trespassam o nosso sentimento de moca apaixonada e que afirmamos ser que somos!
A tua sábia mente numa vida já organizada em pequenos disturbios de prazer que apareceram sem controlo e que entraram num corpo ditado para ti e mente feita por histórias contadas de amor.
Algo em nós se escapa por teimosias tristes num espirito que nada sabe e que já tudo teme mas num poema de amor permanecerá a minha carente vontade de te dizer...

Como eu te quero!

segunda-feira, março 24, 2008

Quero-te amigo
As tuas mãos, as tuas palavras de peito, a tua sinceridade robusta no nosso caminho alargado.
És tu, sim tu que me deste o espelho das vidas incertas e azedas e me ajudas a crescer contigo...que me cortas o peito com os teus beijos de fidelidade.
Tu és poder meu amigo.
Controlas-me os passos porque foste tu que me ensinaste a andar sem pés, sem razão e sem vergonha.
És tu o meu pecado em que o meu coração se encosta sem dó nem piedade.

domingo, março 23, 2008

terça-feira, março 11, 2008


A flutuar em descontentamento,

lágrimas rimadas ecoam-me aos ouvidos como sintonias a marchar na grande orquestra de Beethoven.

Desculpas te dou, paisagem que passas por mim e nem um olhar te dou.

Pensei em tocar-te...como seria sentir um corpo guloso investido contra um corpo astronómico que vibra em mil e um pensamentos de verdadeiras emoções que nunca conhecerás.

Pensava, penso e pensarei em ti e eu! Homem sem fala nem vergonha, que me despes sem alguma vez me teres visto.

Não tenho nada a perder, apenas o que de bom me tocou.

Encontrar-te-ei, Homem invisivel, nessa paisagem que criamos nos nossos sonhos perfumados.

domingo, março 02, 2008

Dei um passo....dei outro....e mais um...assim, fui andando. Olhei para o lado e para o outro e nada mais senti que um alivio...O dia estava a cumprimentar-me.
Deixa-me dar-te poesia!
Moldo-te, menino distraído, não te deixo derreter. És forma e uso em que todos te tocam mas só a mim me sentes. Sem mãos, sem pés, sem olhos e sem boca, tornas-te boneco de lata nas minhas mãos.
Que tanta personalidade para um boneco sem coração.
Como eu penso em ti, que te deixei pendurado nos meus fios de misericórdia.
Aí boneco de lata, não te estrangules mais na tua confiança insensivel, que não existe, que não é nada.
Transforma-te e torna-te sentimento justo que em mim cresce pecado.
Deslumbra-me Homem de lata que o meu corpo arrepia-se pela distorção do futuro que nos espera.